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IAEA - Correntes Parasitas - Capítulo 6 - APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

traduzido do livro: https://www.iaea.org/publications/8414/eddy-current-testing-at-level-2-manual-for-the-syllabi-contained-in-iaea-tecdoc-628rev-2-training-guidelines-for-non-destructive-testing-techniques


6. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

6.1. Códigos e Normas do Ensaio de Correntes Parasitas

Existem muitas normas internacionais, europeias e nacionais relacionados ao ensaio de correntes parasitas, publicados por organizações e associações como:
  • ISO International Organization for Standardization
  • AS Australian Standard
  • ASME American Society of Mechanical Engineers
  • ASTM American society for Testing and Materials
  • CNS Canadian National Standard DIN German National Standard
  • EN European Norms
  • JIS Japanese National Standard
  • SAE American Society of Automotive Engineers

Essas normas cobrem os seguintes tópicos:
  • A medição da espessura de revestimento não condutor em metais: ISO 2360, ASTM B244, ASTM D1400.
  • Classificação/Separação de metais não ferromagnéticos: ASTM E703
  • Medição da condutividade elétrica: SAE AS 915  Avaliação de corrosão: ISO 11463
  • Inspeção de soldas: EN 1711
  • Ensaio de Hastes e Barras: ASTM E215, ASTM E1606
  • Ensaio de tubos: EN 10246, ASTM E243, ASTM E571, ASTM E426, JIS H0515, DIN 54141, ASME V
  • Inspeção de estruturas de aeronaves: SAE ARP 4402
  • Ensaio de descontinuidades superficiais: AS 4544.1
  • Características e verificação do aparelho: EN 13860, CNS Z8012900, JIS Z2314

6.2. Normas para definição de características dos aparelho e verificação

Devido ao grande número de variáveis ​​associadas ao ensaio de correntes parasitas e à maioria das técnicas serem baseadas em comparação, os requisitos para verificação do equipamento são normalmente mínimos. O exemplo a seguir é retirado de AS4544 (2005):
  • (a) O sistema de ensaio deve ser capaz de gerar uma frequência de operação adequada para conduzir o ensaio de correntes parasitas especificado. Também deve ser capaz de exibir as informações do ensaio em um formato aceitável para interpretação.
  • (b) O aparelho deve ser capaz de detectar mudanças na impedância da sonda devido a variações na condutividade do material ensaiado, e a preseça de descontinuidades superficiais metalúrgicas e mecânicas.
  • (c) A sensibilidade do sistema deve ser tal que uma mudança repetitiva no sinal resposta de amplitude específica possa serdetectada quando a sonda de ensaio encontrar uma descontinuidade específica natural ou artificial na amostra de referência.
  • (d) A amplitude da resposta de uma trinca natural ou entalhe existente no padrão de calibração empregado para o ajuste do aparelho deve ser pelo menos 20% da  escala total do indicador de resposta do aparelho. A relação sinal-ruído deve ser, pelo menos, 3 para 1.

6.3. Procedimentos escritos para ensaios de correntes parasitas

Os procedimentos escritos diferem das normas por serem muito mais limitados em sua aplicação. Eles estão preparados para inspeção de um componente específico ou uma gama limitada de componentes ou produtos semelhantes. Eles geralmente são baseados em uma norma específica e aplicam os requisitos dessa norma ao produto específico a ser ensaiado. Eles também incluem os requisitos de aceitação/rejeição para o produto específico e devem fornecer orientação completa sobre o desempenho do ensaio e disposição das peças em função do resultado do ensaio.

Os princípio gerais que regem a preparação de procedimentos escritos é que eles devem ser suficientemente detalhados e devem especificar um controle suficiente sobre as variáveis ​​de ensaio, para permitir que todos os inspetores competentes que trabalham com o procedimento alcancem os mesmos resultados.

O conteúdo dos procedimentos escritos depende de vários fatores, incluindo a finalidade do ensaio (por exemplo, detecção de falhas, classificação de materiais ou medição de espessura) e o tipo de produto ao qual se aplica, mas normalmente devem incluir informações sobre pelo menos o seguinte, se aplicável.
  • (a) Identificação do(s) componente(s) a ser ensaiado e descrição da área de teste e falhas procuradas.
  • (b) O tipo de aparelho de correntes parasitas e a(s) sonda(s) a ser(em) empregada(s). Se um modelo particular de aparelho é citado, aparelhos alternativos aceitáveis devem ser mencionados.
  • (c) Padrão de calibração ou de referência.
  • (d) Outros documentos citados ou referenciados no procedimento
  • (e) Freqüncia(s) de operação
  • (f) Sequência completa de ajuste e calibração, incluindo a sensibilidade requerida, e a necessidade de repetição dessa calibração.
  • (g) Instruções completas da realização do ensaio incluso passo da varredura e velocidade de escaneamento, se aplicável, com precauções e notas, caso apropriado
  • (h) Guia para interpretação dos sinais
  • (i) Qualquer precaução de segurança associada com o desempenho do ensaio
  • (j) Instruções de disposição dos produtos inspecionados para o caso de aceitação e de rejeição
Os procedimentos escritos também devem incluir requisitos de qualificação e certificação, incluindo o nível mínimo de certificação, para aqueles que realizam os ensaios, bem como a identificação da organização que preparou o procedimento, as pessoas que prepararam e aprovaram os procedimentos e a data de emissão e número de emissão.

Consulte o Apêndice III (dos ANEXOS) para obter um exemplo de instrução escrita.

6.4. Técnicas de inspeção e seu uso

É típico de muitas normas incluir requisitos para o aparelho de ensaio, sondas e padrões de referência, o procedimento de calibração e a frequência (repetição) de (da) calibração, informações sobre varredura e informações sobre interpretação e avaliação de descontinuidades. Ele também fornece informações sobre a preparação de um procedimento escrito, que é necessário para algumas aplicações de ensaio. Muitas normas também fornecem requisitos para qualificação e certificação de pessoal para pessoas que realizam os ensaios.

Em vez de normas internacionais, europeias e nacionais, muitos fabricantes de equipamentos originais (OEMs), em particular fabricantes de aeronaves, fornecem instruções e procedimentos detalhados para o ensaio de seus equipamentos.

6.5. Registros e relatórios


6.5.1 Registros de ensaio

O princípio geral que rege o registro de resultados de qualquer ensaio é que detalhes suficientes devem ser registrados para que o ensaio possa ser repetido exatamente da mesma maneira que o ensaio original, na medida do possível. Muitas das informações exigidas podem ser registradas por referência no registro do ensaio ao procedimento escrito ou outro documento, como um documento da empresa controlando algum aspecto do ensaio não destrutivo.

Essencialmente, o registro do ensaioe consiste em informações que cobrem o que foi ensaiado, como, quando, onde e por quem foi ensaiado e os resultados. Isso deve incluir pelo menos o seguinte:
  • (a) Nome do responsável pelo ensaio.
  • (b) Identificação do(s) componente(s) ensaiado(s).
  • (c) Número do padrão do produto, se aplicável.
  • (d) Identificação do procedimento escrito, padrão ou outro documento com baso no qual o ensaio foi realizado.
  • (e) Identificação (fabricante, número do modelo e número de série) do instrumento de correntes parasitas e das sondas utilizadas. Se as sondas não tiverem um número de série, elas devem receber um número de série ou de bem patrimonial interno da planta. A identificação de quaisquer guias de sonda ou suportes de sonda usados ​​também deve ser registrada.
  • (f) Identificação dos padrões de referência utilizados durante o ensaio.
  • (g) Qualquer outra informação relevante sobre o procedimento de ensaio, se não conforme especificado na prática escrita.
  • (h) Resultados do ensaio.
  • (i) Data e local do ensaio.
  • (j) Qualquer outra informação que possa auxiliar na avaliação dos resultados do ensaio.
  • (k) Identificação e assinatura do inspetor que realizou o ensaio.
6.5.2 Relatório do ensaio

Um relatório de ensaio formal pode ser necessário, mas muitas vezes os resultados são comunicados à pessoa responsável por outros meios, por exemplo, amarrando uma etiqueta anotada 'REPROVADO' à peça, ou carimbando ou assinando a documentação referente às peças ensaiada. No entanto, se for necessário um relatório de ensaio, ele deve incluir pelo menos as seguintes informações:
  • (a) Nome do responsável pelo ensaio.
  • (b) Identificação do(s) componente(s) ensaiado(s).
  • (c) Número do padrão do produto, se aplicável.
  • (d) Identificação do procedimento escrito, padrão ou outro documento com base no qual o ensaio foi realizado
  • (e) Identificação dos padrões de calibração usados ​​durante o ensaio.
  • (f) Resultados do ensaio.
  • (g) Data e local do ensaio.
  • (h) Qualquer outra informação que a pessoa responsável pelas peças ensaiadas necessite para avaliação dos resultados da inspeção.
  • (i) Identificação e assinatura do responsável pelo relatório de ensaio.
Consulte o Apêndice III (ANEXOS)  para obter um exemplo de relatório de ensaio.

6.6. Segurança

6.6.1 Implementação de normas de segurança industrial das instalações e equipamentos operando nela.

Os fatores que determinam os requisitos de segurança para qualquer inspeção de correntes parasitas dependerão do seguinte:
  • (a) Local de inspeção
  • (b) Técnica de inspeção
  • (c) Componentes ensaiados
  • (d) Ambiente de trabalho (cuidados relativos a segurança)
  • (e) Aparelho usado
  • (f) Requisitos específicos da empresa contratante da inspeção
  • (g) Requisitos normativos nacionais
Requisitos de segurança específicos serão definidos na instrução de trabalho e/ou procedimentos.



antes
depois