EC26 - Detecção de Trincas Superficiais Empregando Sondas
Deslizantes
traduzido do sítio: http://www.nde-ed.org/EducationResources/HighSchool/Magnetism/Physics/slidingprobes.php
Muitas
fuselagens de aeronaves empregam vários fixadores
(em inglês "fasteners") para fixar as diversas chapas metálicas que as
formam. Devido a tensões cíclicas envolvidas no serviço das aeronaves
trincas de fadiga podem surgir em sua fuselagem. O local de preferência
para aparecimento dessas trincas são os orifícios para fixação das
multi camadas de chapas pelos fixadores. Para inspecionar os orifícios
de fixação, sem a remoção dos fixadores, em um período
adequado de tempo, e de forma confiável, as sondas deslizantes
("sliding probes") são o método eficiente indicado para a
inspeção.
Sondas
deslizantes são chamadas assim porque se movem (deslizam) sobre os
fixadores. Existem dois tipos de sondas deslizantes, fixas e
ajustáveis, que geralmente são operadas no modo de reflexão (um
enrolamento excita e o outro capta as perturbações causadas as
correntes
parasitas). Isso
significa que as correntes parasitas são induzidas pela bobina de
excitação ("driver") e detectadas por uma bobina receptora ("pickup")
separada.
Sondas
deslizantes são um dos métodos mais rápidos para inspecionar um grande
número de furos de fixação. Elas são capazes de detectar
descontinuidades superficiais e sub superficial, mas eles só podem
detectar defeitos em uma direção. As sondas estão marcadas com uma
linha de detecção para indicar a direção da inspeção. Para fazer uma
inspeção completa, deve haver duas varreduras ortogonais (90 graus) uma
do outra.
Tipos de
Sonda Deslizantes
Sondas
de deslizamento fixo
Estas
sondas são geralmente usadas para materiais mais finos em comparação
com
as sondas ajustáveis. A penetração máxima é de cerca de 1/8 polegada
(3,2 mm).
Sondas deslizantes fixa são particularmente adequadas para
encontrar trincas radiais sub superficiais ou subsuperficiais , como as
encontradas em juntas de duas chapas superpostas. A faixa de freqüência
típica é de 100 Hz
a 100 kHz.
Sondas
deslizantes ajustáveis
Estas
sondas são adequadas para detecção de trincas sub superficial em
estruturas espessas de várias camadas de chapas, como as existentes na
fuselagem das asas de aeronaves. A penetração
máxima é de cerca de 3/4 polegadas (19 mm). A faixa de freqüência para
sondas
deslizantes ajustáveis é de 100 Hz a 40 kHz.
As
sondas ajustáveis, como o nome indica, são ajustáveis (distância entre
bobina "driver" e "pickup") com o uso de
espaçadores, o que mudará as capacidades de penetração. A distância de
espaçamento entre as bobinas é normalmente ajustada para a melhor
detecção. Para varreduras tangenciais ou varredura a 90 graus com um
deslocamento do centro, um espaçador mais fino é freqüentemente usado.
A
faixa de distância do espaçador "versus" espessura penetrada pode
variar de 0 (sem espaçador) para
inspeções próximas à superfície e cabeças de fixadores pequenas a um
máximo de cerca de 0,3 polegadas (8 mm) para penetração profunda,
cabeças
de fixadores grandes e tipos de sondas maiores. Um espaçador mais amplo
dará mais
tolerância ao desvio da sonda da linha que une os fixadores (linha de
varredura da sonda deslizante) à medida que a área sensível se tornar
mais ampla, mas o aparelho exigirá mais ganho para avaliação dos
sinais. Sondas deslizantes
geralmente penetram materiais mais espessos em comparação com as sondas
convencionais (mesma bobina atuando como excitadora e receptora).
Padrões
de Referência
Os
padrões de referência/calibração para as sondas
deslizantes normalmente consistem em três ou quatro chapas de alumínio
que são unidas sobrepostamente em conjunto empregando fixadores nos
furos. Os entalhes usinados por eletroerosão ("EDM-Electro Discharge
Machine Notches") ou trincas induzidas
natural ou artificialmente estão localizados na segunda ou terceira
camada interna do padrão.
Os
padrões de referência utilizados devem ser fabricadas a partir do mesmo
tipo de material (especificação técnica: composição; processo de
fabricação; tratamento térmico) e espessura dos materiais que serão
encontrados no componente da aeronave a ser
inspecionada. Tamanhos e tolerâncias das descontinuidades introduzidas
nos padrões de referência
são geralmente regulados pelas normas, especificações de engenharia e
procedimentos de inspeção relativas ao produto ensaiado.
Variáveis de
Inspeção
RELATIVO AO APARELHO (MOSTRADOR) - Ajuste
do Sinal de Liiftoff
Liftoff
é normalmente ajustado, relativamente a fase, para ficar
aproximadamente
na horizontal. O termo "aproximadamente horizontal" é usado porque o
sinal de liftoff (na realidade todos os sinais de correntes parasitas
no
plano de impedâncias) freqüentemente aparece na forma curva ao invés de
como uma linha reta. É importante ressaltar que mesmo uma curva pode
ser assumida como reta quando observada em seu pequeno trecho. Algumas
vezes o sinal de liftoff têm um comportamento controverso e precisa ser
ajustado para deslocar-se ligeiramente para cima e depois mais
intensamente para baixo. Ver as figura 1 e 2.
RELATIVO A VARREDURA DA PEÇA - Direção
da Varredura
Uma
varredura típica é centralizada na cabeça dos fixadores e se move ao
longo do eixo dos orifícios de fixação. Esta varredura é geralmente
usada para detectar trincas posicionadas ao longo do eixo dos
orifícios de fixação. Para detectar trincas localizadas transversais
ou a 90 graus do eixo que une os orifícios de fixação, recomenda-se uma
varredura que seja a 90 graus da linha que une os orifícios dos
fixadores.
RELATIVO A DETECÇÃO DE TRINCAS - Interpretação
dos Sinais
Quando
a sonda se move sobre um orifício de fixação com uma trinca, a
indicação muda e normalmente criará um movimento componente vertical
maior. A
amplitude vertical do sinal depende do comprimento da trinca, com
trinca mais longas produzindo indicações mais altas, Figura 3.
Se
a trinca estiver no lado mais adiante (no trajeto da varredura) do
fixador, à medida que a
sonda se move sobre ela, o ponto seguirá a linha de indicação da
presença do fixador primeiro (como mostrado na figura 1),
mas se moverá ainda mais para cima (no sentido horário) à medida que
passa por
cima da trinca. Se a trinca estiver no lado antes do fixador, no
caminho da varredura. ela será
indicada primeiro e o ponto se moverá ao longo da trajetória
característica da presença de trinca antes de descer para o nível mais
baixo do sinal relativo ao fixador.
Se
duas trincas em lados opostos do orifício do fixador estiverem
presentes, o ponto se moverá para cima até a altura do sinal relativa a
trinca anterior e depois voltará para a altura do sinal linha de
fixação e
ponto de equilíbrio, se a trinca posterior for menor que a primeira. Já
se a segunda trinca (a posterior) for maior que a primeira, o
ponto que já estava acima do relativo ao do sinal do fixador, se moverá
ainda mais para cima e completará o laço do sinal (no sentido
horário) antes de descer até o ponto de balanço (relativo a região fora
do fixador). Veja as Figuras 3 e
4.
RELATIVOS ÀS VARIÁVEIS DE ENSAIO -
Desvio
do Trajeto de Varredura
A
maioria das sondas são projetadas para dar uma indicação estreita para
um bom orifício de fixação para que os sinais na forma de laços das
trincas sejam mais
perceptíveis. Algumas sondas e estruturas podem dar indicações mais
amplas e um a indicação semelhante pode ser obtido se a sonda não
estiver
reta (relativo ao eixo de varredura) quando se aproxima do fixador. É
importante manter a sonda
centralizada sobre as cabeças de fixação. Fazer isso lhe dará uma
indicação máxima para o fixador e para a trinca caso haja.
Se
a sonda se desviar da linha central (que une os centros dos furos de
fixação), as indicações de trinca se moverão
ao longo dos sinais que vemos na Figura 5 e estão mostrados na Figura
6. A indicação da rachadura acompanha o sinal de fixação em "a" quando
a sonda está bem centralizada e
se move em direção ao sinal em "b" à medida que se desvia para um dos
lados do fixador, ou "c"
à medida que se desvia para o lado oposto. O ponto "b" dá uma indicação
ainda importante mesmo que perca uma pequena quantidade de amplitude e
ganhou em fase, dando um melhor ângulo de separação (entre o sinal do
fixador e da trinca). Isso porque o desvio se deu para o lado onde a
trinca está localizada.
RELATIVOS ÀS VARIÁVEIS DE ENSAIO -
Ângulo
da trinca no orifício de fixação
Uma
redução na indicação de trincas ocorre quando a trinca está em ângulo
com a direção de varredura da sonda. Isso acontece se a trinca não
estiver perfeitamente a 90 graus com a direção de varredura ou mudar de
direção à medida que cresce. Tanto as sondas deslizantes fixas quanto
as ajustáveis são capazes de detectar trincas com ângulo de até cerca
de 30 graus diferente da direção de varredura. Veja as Figuras 7 e 8.
RELATIVOS ÀS VARIÁVEIS DE ENSAIO - Contato
Elétrico
Ao
inspecionar fixadores que acabaram de ser instalados em chapas de
fuselagem ou em padrões de
referência que tenham contato íntimo com a chapa de alumínio,
não é incomum obter uma indicação menor do que a normal. Em alguns
casos extremos, a indicação do fixador pode desaparecer quase
completamente. Isso se deve ao bom contato elétrico entre o fixador e a
chapa. Esta condição permite que as correntes de eddy circulem sem
encontrar um limite e, portanto, nenhum obstáculo ou barreira. Por
causa desse efeito, recomenda-se pintar os orifícios antes da
instalação do prendedor.
https://rocarneval.neocities.org/EC_26-Sliding.html
PÁGINA
ANTERIOR
https://rocarneval.neocities.org/EC_25-Trincas.html
PRÓXIMA
PÁGINA https://rocarneval.neocities.org/EC_27-Corrosao.html
ÍNDICE
https://rocarneval.neocities.org/EC_00-Indice(CP).html