EC18 - Sondas - Modos de Operação
traduzido do sítio: http://www.nde-ed.org/EducationResources/HighSchool/Magnetism/Physics/ProbesModeOp.php
As
sondas de corrente parasita estão disponíveis em uma grande variedade
de
formas e tamanhos. Na verdade, uma das principais vantagens da inspeção
por correntes parasitas é que as sondas podem ser projetadas sob medida
para uma
grande variedade de aplicações. Os ensaios por correntes parasitas são
classificados
pela configuração e modo de operação das sondas (bobinas) de teste. A
configuração da sonda geralmente refere-se à forma como a bobina ou
bobinas são inseridas dentro de sua carcaça protetora para melhor "se
acoplar" com a área de interesse de inspecionar. Um exemplo de
configuração de sonda é a sonda interna, que é inserida no espaço
anular de tubos de pequeno diâmetro e espessura (em inglês conhecidas
como "bobbin"). Outro exemplo são as bobinas envolventes (com bobinas
circundantes) que inspecionam tubos ou barras pela parte externa. O
modo de operação refere-se à forma como a bobina ou bobinas
são ligadas elétricamente e interagem com o aparelho de teste. O modo
de operação
de uma sonda geralmente se enquadra em uma das quatro categorias a
seguir:
absoluta, diferencial, reflexiva e híbrida. Cada uma dessas
classificações será discutida com mais detalhes a seguir.
Sondas
Absolutas
As
sondas absolutas geralmente possuem uma bobina de teste única que
é usada
para gerar as correntes parasitas na peça e sentir mudanças no campo
magnético proveniente das correntes parasitas. Como discutido em
páginas anteriores, CA circula através da bobina
e isso gera um campo magnético variável ao redor da bobina. Quando a
sonda é posicionada próximo de um material
condutor, o campo magnético variável da bobina gera correntes
parasitas. As correntes parasitas na peça geram seu próprio campo
magnético que se opõe ao campo magnético da bobina modificando
conseqüentemente a reatância indutiva da bobina. A medição das mudanças
da impedância da bobina permite a obtenção de muita informação sobre a
peça sendo inspecionada.
Bobinas
absolutas podem ser usadas para detecção de falhas, medidas de
condutividade, medidas da distância sonda-peça (associada ao liftoff e
a espessura de revestimentos) e medidas de espessura da própria peça.
Eles são
amplamente utilizados devido à sua versatilidade. Uma vez que as sondas
absolutas são sensíveis a condutividade, liftoff,
permeabilidade e temperatura, devem ser tomadas medidas para minimizar
essas variáveis quando não são importantes para a inspeção que está
sendo realizada. É muito comum que sondas absolutas disponíveis
comercialmente tenham uma segunda bobina de referência no interior da
carcaça que compense (equilibre) as variações da temperatura ambiente,
ou mesmo facilite o balanço da ponte eletrônica do interior do aparelho.
Sondas
Diferenciais
Sondas
diferenciais têm duas bobinas ativas geralmente com enrolamentos em
oposição,
embora possam ter o enrolamento feito na mesma direção com resultados
semelhantes (menos usual). Quando os dois enrolamentos estão sobre uma
área livre de falhas na amostra de teste,
não há sinal diferencial desenvolvido entre as bobinas, uma vez que
ambas estão inspecionando material idêntico. No entanto, quando uma
das bobinas está posicionada sobre uma descontinuidade e a bobina está
sobre uma região sã do material, um sinal
diferencial é produzido. Elas têm a vantagem de serem muito sensíveis a
defeitos estreitos e agudos, mas relativamente insensíveis a
propriedades com variação gradual e lenta, como variações dimensionais
suaves ou de temperatura. Os
sinais de oscilação da sonda (principalmente na inspeção tububar)
também são reduzidos com este tipo de
sonda. Há também desvantagens em usar sondas diferenciais. Mais
notavelmente, os sinais podem ser difíceis de interpretar quando
tratam-se de descontinuidades assimétricas (irregulares) e de grandes
dimensões . Outro Por exemplo,
se uma falha for maior do que o espaçamento entre as duas bobinas,
apenas as bordas de entrada e de saída da descontinuidade serão
detectadas devido ao
cancelamento do sinal quando ambas as bobinas sentirem a falha
igualmente no meio do seu comprimento.
Se quiser fazer sua própria experiência:
1. Primeiro pegue o player de shockwave flash (sfwplayer.exe) em: https://www.dropbox.com/s/32ifmcshf7ef74w/SWFPlayer.exe?dl=0
2. Rode o programa do item 1 e abra o
arquivo: https://www.dropbox.com/s/7ec2z0ayiklvwn9/differentialSurface12.swf?dl=0
3.
Arraste a sonda para que ela passe sobre a trinca superficial e o sinal
seja formado na tela do aparelho. Observe que a sonda diferencial não
apresenta sinal tanto quando a sonda está afastada da trinca como
quando os dois enrolamentos estão equidistantes do centro da trinca..
Comparação de Sinais Sondas Absoluta e Diferencial
Sondas de Reflexão (Reflexivas)
As
sondas de reflexão têm duas bobinas semelhantemente a uma sonda
diferencial, mas uma das bobina é usada para excitar as correntes
parasitas e
a outra é empregada para sentir mudanças no material sob ensaio. Essas
sondas são também conhecidas como sondas duplas ("double") ou
emissoras-receptoras ("driver-pickup"). A
vantagem das sondas de reflexão é que as bobinas de excitação e as de
recepção podem ser otimizadas separadamente para os seus propósitos. A
bobina de excitação pode ser feita de modo a produzir um campo de fluxo
forte e
uniforme (normalmente são de grande dimensões - diâmetro e fio) nas
proximidades da bobina de captação (região de inspeção), enquanto a
bobina de
recepção pode ser feita muito pequena para que ela seja sensível a
defeitos muito pequenos. A bobina de recepção pode ser do tipo absoluta
ou diferencial como se observa na figura abaixo.
Exemplo de sondas reflexivas absoluta (esquerda) e diferencial (direita).
O
método de transmissão (exemplo da direita) é às vezes usado quando é
necessária a penetração
completa de chapas e paredes do tubo de pequenos diâmetro e espessura
(normalmente empregados em equipamentos de troca térmica). Ver figura
abaixo.
Sondas híbridas
Um
exemplo de uma sonda híbrida é a separada "D", sonda diferencial
mostrada
na figura à direita. Esta sonda tem uma bobina de excitação que envolve
duas bobinas
de sensoriamento em forma da letra D. Ela opera no modo de reflexão,
mas além
disso, suas bobinas sensoras operam no modo diferencial. Este
tipo de sonda é muito sensível a pequenas trincas superficiais. Outro
exemplo
de uma sonda híbrida é aquele que usa uma bobina convencional para
gerar correntes parasitas no material, mas que emprega um tipo
diferente de sensor (não usa bobinas indutivas) para detectar
alterações na superfície e dentro do material
ensaiado. Um exemplo de uma sonda híbrida é aquele que usa um sensor de
efeito Hall para detectar alterações no fluxo magnético vazando da
superfície de teste. As sondas híbridas geralmente são especialmente
projetadas para uma aplicação de inspeção específica.
O
sitio indicado a seguir apresenta o principio físico de um sensor Hall
do tipo tubo (embora atualmente existam sensores Hall na forma de
circuito impresso - "chip"): https://nationalmaglab.org/education/magnet-academy/watch-play/interactive/hall-effect
Um
diferença fundamental entre o uso de bobinas indutivas ou de sensores
Hall para medição de campos magnéticos é que os primeiros detectam
variações de campo (dinâmicas) e os segundo medem o campo pontualmente
(estáticos).
https://rocarneval.neocities.org/EC_18-ModoOperacao.html
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