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EC01 - Princípios Básicos do Ensaio de Correntes Parasitas

(traduzido do sítio: http://www.nde-ed.org/EducationResources/CommunityCollege/EddyCurrents/Introduction/IntroductiontoET.php)

O ensaio de Correntes Parasitas (CP) é um dos vários métodos de Ensaios Não Destrutivos (END) que emprega o principio de "eletromagnetismo" como base para realizar o exame. Vários outros métodos  de END como Campo Remoto (Remote Field-RFT), Técnica de Campo de Fuga (FL-Flux Leakage) e Ruído Barkhausen também empregam princípios semelhantes ao ensaio de CP.

Correntes Parasitas são criadas pelo processo de indução eletromangnética. Quando corrente alternada é feita circular através de um condutor, como um fio de cobre, um campo magnético é gerado ao redor do condutor. O campo magnético varia de intensidade entre um valor zero e um valor máximo, depois decresce passando por zero até um valor mínimo, retornando posteriormente ao valor zero, completando um ciclo que se repete. Da mesma forma varia o campo magnético gerado. Se outro condutor é aproximado desse primeiro, ficando sob a presença do campo magnético gerado, corrente elétrica (parasita) é induzida nesse segundo condutor. Correntes parasitas  são correntes induzidas que fluem em circuitos circulares fechados. Donde surgiu o nome "eddies" (redemoinho em inglês) que surgem quando líquidos ou gases fluem formando circulo para desviar de obstáculos no seu caminho.

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Geração das Correntes Parasitas para Inspeção

Passo 1: Para gerar as correntes parasitas de forma a fazer a inspeção da peça, uma sonda é utilizada. Dentro da sonda existe uma bobina fabricada com um fio condutor;

Passo 2: Corrente alternada com uma determinada freqüência, escolhida pelo inspetor a depender do tipo de teste a ser realizado, é feita circular na bobina;

Passo 3: Um campo magnético (primário) variável no tempo (senoidal) é formado ao redor da bobina devido a circulação de corrente elétrica pela bobina;

Passo 4: Quando um material eletricamente condutor é colocado no campo de atuação da bobina, indução eletromagnética ocorrerá e correntes parasitas serão geradas na peça;

Passo 5: Correntes parasitas fluindo no material gerarão um campo magnético secundário que se opõe ao campo magnético primário da bobina. Esse processo de indução eletromagnética produz correntes parasitas com freqüência ajustada em função da inspeção a ser realizada;

Passo 6: Uma descontinuidade presente no material condutor sendo inspecionado, vai perturbar as correntes parasitas induzidas no material e conseqüentemente o campo secundário e sua interferência no campo primário, o que é "monitorado" pelo ensaio.


Principio da Inspeção por Correntes Parasitas
©EddyFi

Se quiser fazer sua própria experiência:
1. Primeiro pegue o player de shockwave flash (sfwplayer.exe) em:
https://www.dropbox.com/s/32ifmcshf7ef74w/SWFPlayer.exe?dl=0
2. Rode o programa do item 1 e abra o arquivo: https://www.dropbox.com/s/yqe888vzm246xji/EddyCurrentAnim.swf?dl=0
3. Pressione a caixa de "adição de componente" para ver toda a seqüência de formação das correntes parasitas no material e até observar as influência de uma descontinuidade na resposta do ensaio.

Filme de uma inspeção por correntes parasitas.

Detecção de Trincas em Rodas de Trem de Pouso de Avião

Uma das maiores vantagens do ensaio de correntes parasitas é a grande variedade de inspeções e medidas que ele pode executar. Com a devida ajustagem dos parâmetros de ensaio correntes parasitas podem ser empregadas para:

  • Detecção de Trincas
  • Medição de Espessura de Material
  • Medição de Espessura de Revestimento
  • Medição de Condutividade aplicada a:
    • Identificação de Materiais e Ligas Metálicas
    • Detecção de Dano por Calor
    • Determinação da Profundidade de Tratamento Térmico ou Termoquímico
    • Monitoração de Tratamento Térmico
Algumas das vantagens do ensaio de correntes parasitas são:
          
    * Sensível a pequenas trincas e outras descontinuidades
    * Detecta trincas superficiais e próximas a superfície
    * Resultados da inspeção são imediatos
    * Aparelhos de inspeção são bem portáteis
    * Método pode ser usado para caracterização de materiais
    * Método pode ser usado para detecção de fases metalúrgicas deletérias
    * Preparação da superfície para realização do ensaio é mínima
    * Sonda de ensaio não precisa necessariamente "tocar" o objeto sendo ensaiado
    * Inspeciona formas complexas de materiais condutores
              
          
Algumas das limitações do ensaio de correntes parasitas são:
          
    * Inspeciona apenas materiais condutores de eletricidade
    * Superfície a inspecionar precisa ser acessível para sonda
    * Habilidade e treinamento requerida do inspetor mais intensa que de outras técnicas
    * Acabamento superficial e rugosidade podem interferir no resultado
    * Ajustagem dos parâmetros de ensaio requer padrões de referência ou comparação
    * Profundidade de penetração limitada
    * Descontinuidades tais como laminações (paralelas a superfície) não são detectadas


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