A aplicação de tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0
(Big Data, AI, Machine Learning, etc) junto a técnicas usadas na INI
seriam um avanço efetivo ou um risco desnecessário no momento? Existem
estudos/projetos a respeito?
A base da Indústria 4.0 é o acesso a informações em maior quantidade e
disponíveis para acesso fácil e imediato. O uso de metodologia de
inteligência artificial e do aprendizado por sistemas informatizado com
base nas informações colhidas diretamente dos equipamentos certamente
vai aumentar a confiabilidade nas decisões. As informações a respeito
do estado de integridade do equipamento obtidas por técnicas “on line”
e de informação imediata para os especialistas sem dúvida
aumentará a assertividade no julgamento do estado de dano e da
necessidade de reparo dos equipamentos durante sua operação. (Carneval)
A
indústria 4.0 e mais especificamente o END 4.0 é um avanço e já está em
utilização, tendo a pandemia, como efeito colateral, adiantado a
implementação de ferramentas tecnológicas que possam ser operadas e
controladas de forma remota. A necessidade de ficarmos em casa
evidenciou a necessidade de melhoria da estrutura para que isso
aconteça de forma razoável: redes de internet eficientes, sinais de 4G
presentes e estáveis, armazenamento e processamento de dados em nuvem.
A aplicação de recurso 4.0 já é realidade:
• A utilização do Machine Learning no processamento
de dados de inspeção já está sendo aplicada no Brasil;
• Temos sensores de inspeção trabalhando sem fio
(IIoT) disponíveis comercialmente;
• O uso de smartphones e tablets no ambiente
industrial é cada vez mais comum;
• Wearable Devices para uso em inspeção já está sendo
desenvolvido;
• Diversos projetos de PD&I em andamento focados
na implementação da Transformação Digital estão sendo desenvolvidos no
país.
As oportunidades para o END 4.0 estão em franco crescimento no mercado
de Inspeção de Equipamentos e o único risco é não evoluir junto: o
mercado de trabalho está carente de profissionais que consigam fazer a
conexão entre a sua tradicional área de conhecimento (no nosso caso
podemos encarar como os END’s e Inspeção, por exemplo) e as tecnologias
4.0. (Júlio Endress)
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